Arquivo do Autor: claudiaguzzo

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Realizada encontro na FIOCRUZ para fortalecer a BVS no Brasil

Foi realizada no último dia 20 de maio um encontro com coordenadores de instâncias da BVS vinculadas à FIOCRUZ. O objetivo da reunião foi fazer uma análise da situação das instâncias BVS temáticas e biográficas que são coordenadas pela FIOCRUZ e definir um plano de ação para o fortalecimento da rede, em coordenação com o Plano de fortalecimento da BVS Brasil.

 

Na reunião Luciana Danielli, coordenadora da BVS FIOCRUZ, apresentou um informe das atividades realizadas no último ano, 2018 e apresentou os principais desafios para a sustentabilidade do trabalho em rede e na BVS. Na sequência, Verônica Abdala, gerente de Serviços de Informação na BIREME, apresentou as opções para o trabalho em rede na BVS, destacando que há várias formas e possibilidades de cooperação e participação na BVS. Desenvolver uma instância BVS é uma das opções, mas não é a única. Por exemplo, uma biblioteca pode ser um Centro Cooperante e contribuir para atualizar uma ou mais fontes de informação da BVS. Outra opção, mais nova, é desenvolver uma vitrine do conhecimento para dar destaque a uma temática relevante e específica, sem a necessidade de ter uma instancia de BVS própria.

 

Com estas opções, passou-se então a analisar a situação das instancias BVS representadas na reunião para identificar em qual cenário (opção) melhor encaixa cada instancia. Também se analisou como exercício, as instâncias não representadas na reunião. Em decorrência dessa análise, foi listado um conjunto de próximas ações e recomendações para a rede, BIREME e FIOCRUZ.

 

 

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Webinar sobre estratégias para aumentar os acessos à BVS realizado no âmbito da BVS Brasil

No dia 30 de abril os coordenadores de instâncias temáticas e institucionais da BVS Brasil participaram de um Webinar para compartilhamento de experiências sobre Estratégias para aumentar os acessos às Bibliotecas Virtuais em Saúde.

Na ocasião 2 cases foram apresentados aos participantes:

 

Case 1: A Biblioteca Virtual da FAPESP
Por Rosaly Krzyzanowski, Coordenadora da BV FAPESP, e Fabiana Andrade Pereira, Assessora responsável pelo SEO (Search Engine Optimization) e Controle de Vocabulário na BV FAPESP
A Biblioteca Virtual da FAPESP (BV FAPESP) possui mais de 700 mil páginas em seu site e totalizou mais de 4 milhões de acessos em 2018. Nesta sessão eles compartilharam as técnicas utilizadas para impulsionar estes acessos nos últimos anos e quais foram os resultados alcançados até o momento, bem como suas perspectivas a longo prazo.

 

Case 2: Insights a partir da exploração de logs de acesso da BVS
Por Renato Murasaki, Gerente de Tecnologias de Informação da BIREME/OPAS/OMS
A BIREME desenvolve e mantêm um grande número de portais de informação científico técnica em saúde. Nesta sessão compartilharam alguns insights obtidos a partir da análise de logs de acessos  no âmbito da BVS Regional.

 

A sessão foi bem avaliada pelos participantes, que a partir dos exemplos apresentados poderão definir suas próprias estratégias para promoção das instâncias temáticas e institucionais da BVS Brasil.

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Realizada a VII Reunião do Comitê Executivo da BVS Brasil

 

A VII Reunião do Comitê Executivo da BVS Brasil foi realizada em 07 de dezembro de 2018, em São Paulo. Tendo como tema central do encontro a pergunta: Como desenvolver e manter uma instância da BVS fortalecida? a sessão reuniu coordenadores técnicos de instâncias temáticas e institucionais.

 

 

 

 

peq-P_20181207_115824_vHDR_OnDivididos em grupos, os presentes tiveram o desafio de montar um quadro de modelo de negócios (canvas) de uma instância BVS de algum participante do grupo, com suas fortalezas e fragilidades. O objetivo central no exercício de preenchimento do canvas foi extrair propostas de valor que atendessem e potencializassem os principais objetivos desejados, antes de partir de fato para um plano de ação.

 

peq-IMG_20181207_144843Com base na reflexão promovida pelo canvas foi então trabalhada a metodologia OKR (Objetives and Key Results). Os grupos foram apresentados à metodologia e escolheram um dos 5 temas propostos com para escrever Objetivos (O) e Resultados-chave (KRs) relacionados ao tema e aplicáveis em todas as instâncias da Rede. Os grupos foram também convidados a identificar atividades para que os OKRs propostos fossem atingidos, que foram organizados em atividades para o primeiro semestre de 2019 foi estruturado.

 

 

O grupo avaliou positivamente a sessão e ressaltou que o conhecimento da nova metodologia de trabalho ágil e oportunidade de troca de experiências com outras instâncias foram os principais pontos fortes do encontro.

 

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EPSJV realiza encontro da Biblioteca Virtual em Educação Profissional em Saúde

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu, nos dias 22 e 23 de agosto, a sexta edição do Encontro da Biblioteca Virtual em Saúde Educação Profissional em Saúde (BVS-EPS). Sob os propósitos de discutir a matriz de responsabilidade dos comitês Consultivo e Executivo da BVS-EPS e ouvir as Escolas Técnicas do SUS (ETSUS) acerca de suas experiências de pesquisa, o encontro reuniu bibliotecários e representantes de 30 das 41 instituições que integram a Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS). “A ideia foi promover a integração e anunciar os avanços na utilização da BVS-EPS, atualizando os conceitos que circulam no campo da Educação Profissional em Saúde. O encontro é um momento de reflexão, servindo para nos guiar nos propósitos de tornar a BVS-EPS um organismo vivo e contribuindo para a disseminação da informação crítica”, realçou Creusa Figueira, coordenadora da Secretaria Executiva da BVS-EPS, cuja sede está na Escola Politécnica.

Primeiro momento do encontro, a mesa de debate que tratou da Biblioteca Virtual em Saúde no contexto atual contou com a presença de Diego Gonzalez, diretor do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (conhecido pela sigla Bireme), Viviane Veiga, coordenadora da Rede de Bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Anakeila Stauffer, diretora da EPSJV/Fiocruz. Lançada em 1998, a BVS tornou-se a principal estratégia de cooperação técnica da Bireme, sublinhou Gonzalez. “A BVS é uma rede de gestão de informação e troca de conhecimento e evidências científicas em saúde, que se estabelece por meio da cooperação entre instituições”, definiu o diretor da Bireme, para quem o fortalecimento da proposta só foi possível face a uma rede de bibliotecas e de instituições de ensino e pesquisa, organizações governamentais e não governamentais. “Contamos com mais de cem instâncias, em diversas temáticas institucionais, nacionais e internacionais, presentes em mais de 30 países. A BVS reúne mais de 27 milhões de documentos, implicando uma das mais importantes ferramentas de acesso à informação em saúde”, listou Gonzalez, que realçou ainda o ‘Minha BVS’, um serviço gratuito que guarda informações e preferências do usuário para oferecer serviços personalizados, tais como criação de coleções de documentos selecionados da BVS e definição de temas de interesse.

Viviane explicou que a BVS tem como objetivo fundamental ampliar o livre acesso da informação em saúde. “Todos os trabalhos realizados em rede pelas bibliotecas e centros cooperadores perpassam pelo principio de colocar à disposição do usuário a informação. Mas, não basta disponibilizar a informação, é preciso assegurá-la com qualidade”, orientou a pesquisadora, acrescentando que, no Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz), unidade coordenadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz, há 13 BVS temáticas e bibliográficas. Ela realçou a importância da informação de forma aberta e colaborativa, lembrando um movimento global de acesso aberto às publicações e aos dados de pesquisa. “É um movimento que tem trabalhado para colocar essas publicações e artigos fechados de forma aberta e em plataformas digitais, além dos dados de pesquisa, que são mais importantes que o próprio artigo, pois revelam se o artigo foi analisado de forma correta. É um movimento de extrema importância, e as BVS precisam estar no centro dessa discussão, repensando seus trabalhos”, orientou.

Anakeila Stauffer, por sua vez, entendendo que toda biblioteca tem lugar reconhecido na formação de estudantes e da população, orientou que a BVS deve servir aos trabalhadores do SUS, mas também a outros cidadãos. “É muito importante repensar a função contra-hegemônica dos trabalhadores e trabalhadoras das BVS, de criar outra forma de acesso ao conhecimento da população. E as ETSUS têm um papel essencial nesse processo”, observou a diretora da EPSJV/Fiocruz, que fez também referência ao tema da mesa que veio na sequência: “Discutir política e educação em saúde no contexto brasileiro é uma forma de marcamos um lugar de crítica e de reflexão para as BVS e, consequentemente, para a RET-SUS, no que tange às possibilidades formativas em educação profissional em saúde”.

Educação e Saúde

Sob o título ‘Política e educação profissional em saúde no contexto brasileiro atual’, a segunda mesa de debate reuniu a professora-pesquisadora da EPSJV Marise Ramos e a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Maria Ciavatta, que destacou as crises e as transformações do capitalismo sob a lógica do lucro e como o mundo experimenta uma crise financeira deslocada para a produção. “Expressão desse cenário, o pagamento das dívidas contraídas pelos países tem como fruto uma ciranda financeira”, realçou. Para Maria Ciavatta, é possível, no entanto, observar na educação movimentos de resistência em relação à crise que o Brasil vive na atualidade. “As ocupações de escolas e universidades implicaram movimentos que pediram reformas favoráveis aos estudantes”, destacou a professora, que chamou atenção também para os projetos em disputa da educação brasileira: “Não apenas a educação básica, mas também a fundamental e a média têm sido negadas à população brasileira, em particular, aos jovens e adultos reduzidos à educação formal. A qualidade da educação deixa a desejar no que tange a conservação das escolas e ausência de quadros de suportes e bibliotecas, daquilo que o jovem precisa para colocar suas energias e se transformar em um adulto saudável e feliz. A escola é um meio de socialização importante”.

Na observação de Maria Ciavatta, há uma dívida secular, pois os jovens são atraídos exclusivamente para o mercado formal de trabalho. Segundo ela, o trabalho não se restringe à função específica de agir sobre uma matéria, ele implica conhecimento sobre uma atividade, sobre a manipulação de meios produtivos. “Essa ideia de que o conhecimento é intrínseco ao trabalho manual sempre foi negada à sociedade brasileira. As elites desconheceram isso, colocando os escravos para fazer as atividades mais manuais. E, ainda hoje, há uma superioridade do trabalho intelectual, como se um movimento com minhas mãos não tivessem sido movido pelo meu cérebro”, lamentou.

A professora da UFRJ fez críticas, também, à Emenda Constitucional (EC) 95, que congela os gastos públicos por 20 anos. “O teto dos gastos públicos é impensável. Como se pode aprovar uma lei que suspende os gastos públicos, limitando ao mínimo das receitas, consolidando a Lei da Responsabilidade Fiscal, que vem do governo do Fernando Henrique Cardoso, em que estados e municípios não podiam gastar mais do que aquilo que arrecadam? Isso afeta todos os setores sociais. Se a EC não for revogada, teremos um futuro pessimista”, afirmou, evidenciando na sequência os atrasos que a reforma do ensino médio representa, como a liberação de até 40% da carga horária para ser realizada na modalidade de ensino a distância. “Isso significaria dois dias a menos de aula por semana. É de um cinismo e irresponsabilidade assustadora em um mundo que é permeado pela atração da imagem”, acrescentou.

Coube à Marise Ramos falar sobre a área da saúde. Ela lembrou o movimento da Reforma Sanitária no Brasil, que desencadeou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), no contexto de redemocratização do país. “Porém, transcorridos 30 anos, o que se vê, hoje, é o capital produzindo um conjunto de contrarreformas e transformando o SUS em objeto o favor do mercado”, criticou. Segundo a professora-pesquisadora da EPSJV, analisar a política de saúde implica refletir sobre o movimento em que o SUS se constituiu, “a favor do capital”. “Como toda lógica que se instaura sob as práticas neoliberalistas, não é a liberdade completa do mercado que observamos, mas é o Estado assumindo os interesses desse mercado e atuando em seu benefício”, destacou, ao explicar que desmonte do SUS se faz pela privatização, ou seja, “de interesses privados que se valem do sistema para obtenção de recursos públicos”.

Sobre a concepção de educação politécnica, Marise reconheceu que ela nunca se tornou hegemônica na história. Para ela, a urgência da formação em serviços não permitiu a constituição de políticas estruturantes de formação de trabalhadores técnicos em saúde na perspectiva da educação politécnica. “Até porque poucas escolas pautaram o problema da formação dos futuros profissionais técnicos de saúde. Estávamos sempre fazendo a formação daqueles que já estavam em serviço ou daqueles que iriam para os programas de governo, como o Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde, Profaps. Trata-se de uma lacuna importante na história da educação profissional e, talvez, seja por onde as contrarreformas na saúde entram com facilidade”, destacou.

Do ponto de vista da política, Marise alertou para o contexto atual, com destaque para o ordenamento do modelo de atenção a partir da revisão da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), que, segundo ela, caminha para a instrumentalização do SUS em benefício dos setores privados. “Ainda tem o Programa de Formação Técnica para Agentes de Saúde, Profags, com seus elementos sedutores, mas que contribuem para o esvaziamento das escolas técnicas”, citou. E indagou: “O quanto a BVS, enquanto mediadora da produção de conhecimento em termos de acesso a dados, pode contribuir para tencionar esse contexto?”.

Desafios da BVS

Ao fim do encontro, os participantes construíram o Plano de Trabalho BVS-EPS 2018/2019, por meio do qual foi pactuado que as ETSUS irão inserir em suas bibliotecas virtuais um documento por trimestre na plataforma, que podem ser planos de curso, materiais didáticos, legislações e regulamentações, projetos políticos-pedagógicos, entrevistas, artigos científicos, acadêmicos e periódicos. Ficou pactuado, ainda, que as instituições devem capacitar uma nova turma de estudantes a cada seis meses para manuseio da BVS. Sobre as formas de aumentar a utilização da BVS, os participantes destacaram como estratégia a divulgação da BVS em aulas inaugurais, salas de aula ou laboratórios de informática e em redes sociais. Ao final de um ano, será construído um relatório anual institucional sobre a execução do Plano de Trabalho para envio à Secretaria Executiva da BVS-EPS. À Secretaria Executiva da BVS-EPS foi, também, solicitado a divulgação da entidade nos eventos e espaços institucionais externos.

Na avaliação do encontro, os participantes ressaltaram a importância de construir uma memória institucional, uma vez que a edição de 2018 pactuou metas para o próximo ano e apontou diversas possibilidades de uso da BVS-EPS.2

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Rede BVS Brasil participa do XX Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias

A Rede Brasileira de Informação em Ciências da Saúde esteve presente no XX Seminário Nacional de Bibliotecas Universitária (SNBU) ocorrido em Salvador, BA, de 15 a 20 de abril de 2018, que abordou o tema do “Futuro da Biblioteca Universitária na perspectiva do ensino, inovação, criação, pesquisa e extensão”.

snbu_2018_1O Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME/OPAS/OMS) e a Coordenação Geral de Documentação e Informação da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde (CGDI/SE/MS) disponibilizaram um estande e uma extensa programação de apresentações voltadas aos interesses da rede brasileira e demais participantes.

A participação da BIREME nos principais eventos de informação em saúde atende as linhas do seu Plano de Trabalho Bianual destinadas ao fortalecimento da rede de colaboração para gestão de informação, tendo a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) como estratégia de gestão e acesso a informação e promoção do acesso e uso da informação.

snbu_2018_2Com oito apresentações diárias, em média, e participação de cerca de 600 pessoas, as atividades no estande abordaram diferentes temas de interesse da rede e dos congressistas, como o serviço Minha BVS, elaboração de estratégias de busca e pesquisa na BVS, arquitetura de informação e adoção do sistema WordPress na BVS, indexação temática e critérios de avaliação de periódicos LILACS, rede BiblioSUS e ainda apresentações da BVS Brasil e BVS do Ministério da Saúde, entre outras. Acesse a agenda com as apresentações do estande BVS Brasil.

Além da programação de apresentações, foram realizados atendimentos individuais, cadastramento de potenciais novos colaboradores, reuniões técnicas e a transmissão do lançamento oficial da 10ª edição do Congresso Regional de Informação em Ciências da Saúde CRICS10, 7ª Reunião de Coordenação da Rede BVS e eventos satélite que ocorrerão nos dias 4 a 6 de dezembro em São Paulo.

snbu_2018_3As apresentações e demais atividades do estande foram realizadas pelos representantes das áreas técnicas de capacitação e pesquisa, tecnologia, gestão de BVS e de fontes de informação da BIREME, pelos representantes da coordenação da BVS Ministério da Saúde e BVS Brasil, além dos representantes da BVS Prevenção e Controle de Câncer, BVS Bioética e Diplomacia em Saúde, BVS Hanseníase e BVS Instituto Evandro Chagas.

De acordo com a colaboradora Rosemeire Rocha Pinto, “este tipo de promoção é um diferencial para o fortalecimento da rede brasileira, pois a participação cooperativa nas atividades favorece a troca de informação e conhecimento, integra as equipes e contribui para a criação de novos produtos e serviços”.