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Avanços no fortalecimento da BVS SMS São Paulo no primeiro semestre de 2024

O Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME/OPAS/OMS), em cooperação com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), segue avançando na manutenção, atualização e desenvolvimento da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) da SMS São Paulo. No primeiro semestre de 2024, diversas atividades foram realizadas, destacando a renovação do portal, o restabelecimento da rede de colaboração e a capacitação das áreas técnicas da SMS-SP. Estes esforços são parte do projeto de Cooperação Técnica, na Fase III do convênio estabelecido entre as instituições desde 2010, que visa consolidar e fortalecer as capacidades locais de gestão da informação e conhecimento.

Renovação do portal da BVS SMS-SP

Uma das principais iniciativas da fase atual tem sido a renovação do portal da BVS SMS-SP, atividade que inclui a revisão e avaliação do conteúdo oferecido, da arquitetura da informação e de aspectos de usabilidade, levando em consideração a opinião e as necessidades do público-alvo da BVS. Durante o período de janeiro a junho de 2024, o servidor onde está hospedada a BVS SMS São Paulo esteve disponível para uso 97,8% do tempo. Os 2,2% restantes correspondem a manutenções programadas e atualizações de segurança. Além disso, foram realizados o backup e monitoramento interno e externo da BVS, subportais, fontes de informação e interface de pesquisa integrada.

Restabelecimento da Rede de Colaboração

Para garantir a atualização regular e completeza das bases de dados, o projeto está implementando a reativação do Comitê Executivo e do Comitê Consultivo da BVS SMS-SP para registro da produção científica e técnica da Secretaria. Em fevereiro, uma reunião formalizou um novo convênio para expansão das atividades coordenadas entre a SMS-SP e a BIREME, abordando especificações técnicas para o desenvolvimento de um aplicativo para a BVS SMS-SP. Além disso, um diagnóstico sobre a visibilidade da produção científica e técnica da SMS-SP foi produzido para conhecer os desafios e expectativas dos Centros Cooperantes da Rede BVS SMS-SP, proporcionando considerações valiosas para o planejamento de ações futuras. “As sugestões incluem a criação de espaços para destacar produções de cada órgão da SMS-SP, seções de acesso a portais e bases de dados externas, e serviços de apoio e análise de documentos, realização de encontros periódicos, variação nos horários dos treinamentos, parcerias com o Portal de Periódicos Capes, e maior transparência e agilidade no atendimento das demandas” ressaltou Juliana Sousa, Supervisora de Soluções Digitais na BIREME.

Capacitações para o desenvolvimento de competências

Capacitações sobre o registro de publicações científicas e técnicas nas bases de dados da BVS SMS-SP foram realizadas em maio, com a participação de profissionais de diversas áreas técnicas da SMS-SP. A metodologia combinou teoria e prática, com exercícios práticos realizados diretamente no sistema. No dia 21 de maio, o foco foi em registros bibliográficos e noções de indexação em bases de dados. No dia 22 de maio, abordaram-se o Catálogo de Sites (LIS), o Diretório de Eventos (DIREVE), Multimídia, Relatos de Experiências e Vitrines do Conhecimento.

O evento contou com a participação de 12 representantes de órgãos como a Escola Municipal de Saúde (EMS), Hospitais Vila Nova Cachoeirinha e Campo Limpo, Coordenadoria de Gestão de Pessoas (COGEP), Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA/DVZ), e as Coordenadoria das Regiões de Saúde CRS-Centro, CRS-Oeste, CRS-Sul e CRS-Leste. Cada participante trouxe exemplos de documentos, selecionados conforme os critérios de seleção estabelecidos pela BVS SMS-SP para o registro na respectiva fonte de informação.

Ainda com o objetivo de promover o aprimoramento contínuo das atividades coordenadas pela BIREME, os participantes responderam a uma pesquisa de avaliação, medindo a eficácia do treinamento e identificando pontos fortes e fracos, e incluindo a coleta de comentários e depoimentos dos participantes, os quais podem ser conferidos abaixo. O resultado da pesquisa demonstrou que a avaliação geral foi positiva, com 58% dos participantes dando a nota máxima. Em destaque, a maioria dos participantes considerou o formato presencial adequado, e indicou satisfação com a metodologia, o local, o conhecimento dos palestrantes, as atividades práticas, a clareza das informações, a dinâmica de exercícios práticos e a interação do grupo.

Manutenção da operação e novos desenvolvimentos

Durante o semestre, a BIREME ofereceu suporte técnico e metodológico contínuo para a operação regular do portal da BVS SMS-SP. Foram registradas ocorrências relacionadas ao acesso ao novo Google Analytics, orientações sobre o WordPress e atualizações de informações no portal. Reuniões com a equipe da SMS-SP também foram realizadas para orientação e seguimento das atividades de migração das bases de dados.

Ainda, as equipes avançaram com a produção e publicação de uma nova Vitrine do Conhecimento sobre a “COREMU – Comissão de Residência Multiprofissional”, e quatro novos Relatos de Experiências em vídeo, listados abaixo. A BIREME também produziu um vídeo instrutivo intitulado “Dicas de como se comportar na frente das câmeras“, com a participação de servidoras da COREMU da SMS-SP.

Os temas dos relatos gravados em 2024 foram:

  • Combate à pandemia de COVID-19: relato de experiência na Direção do Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa, na Mooca;
  • Nossas principais experiências no serviço municipal de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel da cidade de São Paulo – do APH ao APH 192 e atual SAMU 192;
  • História de vida com a Enfermagem;
  • Comissão de residência multiprofissional em saúde da Secretaria Municipal de São Paulo: relato das ações afirmativas.

Os avanços realizados no primeiro semestre de 2024 refletem o compromisso da BIREME e da SMS-SP em promover a gestão eficiente do conhecimento e da informação em saúde. As atividades desenvolvidas consolidam a BVS SMS São Paulo como um espaço vital para a disseminação da produção científica e técnica da Secretaria, contribuindo para a melhoria contínua dos serviços de saúde no município de São Paulo.

Para mais informação, acesse o portal da BVS SMS São Paulo, https://sms.sp.bvs.br.

Depoimentos dos participantes da Oficina

Edenir Aparecida Sartorelli, enfermeira, CRS-Oeste

“Eu atuo na Escola Municipal de Saúde da Coordenadoria Regional de Saúde Oeste (CRS-Oeste), na área de educação permanente.

Essa capacitação e a discussão dessa temática nos permitem ampliar o olhar para o que pode ser divulgado, o que precisamos dar visibilidade, quais as produções do território ou da secretaria que precisam ser divulgadas ou ter uma visibilidade maior, e como organizar essas informações, essas produções, de modo que facilite o uso na plataforma da BVS. Então, eu acredito que a relevância é a organização, o estímulo, a divulgação e, enfim, a ampliação do conhecimento, colocar conhecimento em ação.

Em nossa coleção, temos trabalhos de conclusão de residência, e de especialização na área de enfermagem. Também temos relatos de experiências de profissionais em seus equipamentos, ou seja, na prática diária de seus serviços. E ainda a produção de protocolos, fluxos de atendimento, vídeos, capacitações, cursos online, muito eventos, entre outros”.

Hernani Correa Medola, bibliotecário, COVISA/DVZ

“Acho que é fundamental esse tipo de capacitação, porque nos habilita a tornar as informações desenvolvidas, produzidas no âmbito da secretaria, mais acessíveis para toda a população, que acaba sendo a grande finalidade do nosso serviço, dar visibilidade e tornar acessível essas informações. Esse tipo de capacitação ajuda na padronização, na qualidade dos registros.

Eu sou bibliotecário da Divisão de Vigilância de Zoonoses da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA). Nosso acervo tem uma multiplicidade de documentos, vão desde livros, material bibliográfico, até relatórios, manuais, material educativo, que é distribuído para a população. Então, tudo que é produzido na Vigilância de Zoonoses e na Vigilância Sanitária, são os materiais que compõem a nossa coleção”.

Marine Arakaki, bibliotecária, Escola Municipal de Saúde, Coordenação da BVS SMS SP

“Acho que foi muito importante essa versão da capacitação presencial. Fazendo um comparativo com as versões anteriores, que foram online, em 2022 e 2023, a gente teve um número de participantes um pouco menor. No entanto, por ser a primeira capacitação após a mudança do sistema de gerenciamento para a plataforma FI-Admin, era muito importante que fizéssemos uma capacitação presencial. Mesmo porque, quem tinha esse conhecimento e contato mais de perto com a ferramenta, éramos só alguns bibliotecários.

E a rede da BVS SMS SP é composta por profissionais da saúde que não são profissionais de informação, então eles necessitam de uma atenção maior no entendimento da metodologia, no preenchimento dos registros, na definição do tipo de documento. E nisso, eu acho que essa capacitação da BIREME com os demais colegas que estiveram presentes conosco, foi necessária. Houve discussão, as pessoas colocaram suas dúvidas, críticas, sugestões, enfim, achei que foi muito proveitoso.”

Tamara Leite Cortez, médica veterinária, COVISA/DVZ

“A importância desse tipo de capacitação é para que, de fato, a gente consiga fazer os registros de forma adequada, para que eles sejam recuperáveis e, com isso, dar visibilidade para a produção, no nosso caso, da COVISA, que é o centro cooperante do qual faço parte. Na verdade, as capacitações da BIREME sempre atendem às minhas expectativas, essa não é a primeira. Eu acompanho o projeto da BVS SMS SP desde a criação em 2009. O que eu percebo ao longo do tempo é que, apesar da rotatividade de profissionais que atuam como ponto focal da BVS, conseguimos ver essa BVS crescendo e mudando, se adequando às condições de hoje.

E aí eu acho que está a beleza da informação em saúde, conseguir mostrar aquilo que a fazemos. Porque, como profissional de saúde, eu sou médica veterinária, a gente trabalha muito e tem pouco tempo para mostrar o que faz. E a BVS dá essa oportunidade da democratização da informação, do acesso gratuito à informação e, muitas vezes, da replicação do que a gente executa nas unidades em São Paulo, que tem realidades tão diversas, em outras unidades federativas do Brasil, mas, principalmente, em outros países”.

Fonte: https://boletin.bireme.org/pt/2024/07/04/avancos-no-fortalecimento-da-bvs-sms-sao-paulo-no-primeiro-semestre-de-2024/

DeCS Edição 2024 já está disponível online

Coordenado pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde (BIREME/OPAS/OMS), o tesauro multilíngue dos Descritores em Ciências da Saúde/Medical Subject Headings (DeCS/MeSH) recebeu 394 novos descritores em sua edição atualizada para 2024. A versão mais recente foi disponibilizada para consulta em maio de 2024.

Dentre as novidades da edição, destacam-se os novos registros adicionados ao tesauro, sendo 311 provenientes do MeSH, e 83 novos descritores inseridos nas categorias exclusivas da literatura latino-americana. Com isso, o DeCS passa a conter mais de 729 mil termos, dentre descritores e sinônimos, disponíveis em quatro idiomas. Destaque também para as inserções e alterações de descritores no Projeto Especial MeSH relacionado à área de “Estresse Psicológico”; e os avanços na revisão da Categoria “Homeopatia”, categoria exclusiva do DeCS que deverá estar totalmente revisada até a edição de 2025.

Ana Cristina Campos, do Setor de Terminologias e Classificações em Saúde da BIREME, explica que as atualizações anuais visam garantir que o DeCS mantenha sua relevância e precisão como ferramenta para localização de informação. “Como parte da metodologia LILACS e BVS de gestão da informação, o uso do vocabulário controlado na área da saúde torna mais efetiva a pesquisa e a recuperação da literatura científica e técnica em saúde”, esclareceu.

As edições anuais do DeCS são publicadas de acordo com as atualizações do MeSH, e envolvem a inclusão de novos termos, assim como a remoção e reposicionamento de outros. “Como reflexo das transformações do conhecimento científico e das mudanças que são próprias dos idiomas, a terminologia utilizada na indexação é dinâmica e requer revisão constante e adaptação”, observa Luciana Piovezan, bibliotecária da equipe de Soluções Digitais e Tecnologias Emergentes da BIREME.

Mudanças em destaque no DeCS 2024

Em 2024, a categoria “Compostos Químicos e Drogas” foi a que mais recebeu novos registros de descritores, com a inclusão de 129 novos termos. “Homeopatia” e “Saúde Pública” receberam, respectivamente, 61 e 34 novos descritores. Confira abaixo, a lista de categorias que mais receberam novos registros de descritores e a quantidade de inserções na atualização anual. Já o número total de termos incluídos em cada categoria pode ser conferido na imagem exibida na sequência.

D – Compostos Químicos e Drogas ………………………………………………….. 129
HP – Homeopatia …………………………………………………………………………….. 61
SP – Saúde Pública …………………………………………………………………………. 34
B – Organismos …………………………………………………………………………….. 28
N – Assistência à Saúde …………………………………………………………………. 28
G – Fenômenos e Processos …………………………………………………………… 24
C – Doenças …………………………………………………………………………………. 20
E – Técnicas e Equipamentos Analíticos, Diagnósticos e Terapêuticos …. 19
F – Psiquiatria e Psicologia …………………………………………………………….. 17
I – Antropologia, Educação, Sociologia e Fenômenos Sociais ……………. 14
L – Ciência da Informação ………………………………………………………………. 11

Uma série de novos termos foram adicionados à área de “Estresse Psicológico”, como por exemplo: Exaustão Emocional, Estresse Financeiro; Segurança Empregatícia; Exposição à Mídia; Abandono Médico, e outros. Já na subcategoria “[I01] Ciências Sociais”, seis termos alternativos foram elevados a status de descritor. São eles: Diplomacia, Ambientalismo, Manobras Políticas, Participação dos Interessados, Ativismo Político e Votação.

Em relação à revisão da categoria Homeopatia, atividade que vem sendo realizada desde 2022, a edição atual concentrou-se na adequação das “Hierarquias” dos termos. Antes organizados por ordem alfabética, os termos agora estão classificados por origem dos medicamentos, como por exemplo: “Medicamento Homeopático de Origem Animal” ou Origem Vegetal, Viral, Bacteriana, e etc. Com isso, nove novos descritores foram adicionados para estruturar conceitos mais específicos, e cerca de 1558 descritores tiveram sua hierarquia alteradas, sendo este o maior número de mudanças já implementadas na categoria desde o início de sua revisão.

Outra novidade da Edição 2024, disponível somente em português até o momento, é adequação de termos conforme diretrizes de Linguagem Inclusiva. A iniciativa atendeu à demanda de pesquisadores do Grupo de Pesquisa NAI – Núcleo Acessibilidade e Inclusão, da Universidade do Vale do São Francisco, e resultou na revisão de termos relacionados às pessoas com deficiência. Repercutindo os impactos desta inovação, o termo “Cultura Surda” foi adicionado ao tesauro do Mesh como um novo descritor.

“Atendendo a pedidos de usuários, a Edição de 2024 inclui ainda uma série de novos descritores na categoria Saúde Pública, tais como: Feminicídio, Entrega Voluntária, Plano de Parto, Saúde de Migrantes, Reforma Psiquiátrica, Violência Escolar, Superlotação Carcerária”, destacou Ana Cristina. A lista completa dos novos descritores adicionados em 2024 está disponível no Portal DeCS, no link: https://decs.bvsalud.org/descritores-novos-2024/.

Novidades no Portal: “Panorama DeCS”

Renovado em abril de 2024, a home do portal DeCS agora disponibiliza acesso direto aos recursos “DeCS Finder” e a caixa de ferramentas “Como Pesquisar”. Outra novidade é a seção “Panorama DeCS”, que está regularmente publicando destaques, notícias, e dicas específicas para usuários do tesauro. Confira os conteúdos já disponíveis no link Panorama DeCS – DeCS (bvsalud.org).

BIREME e SESAI realizam oficina para fortalecimento da BVS dos Povos Indígenas

O Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde da Organização Panamericana de Saúde/Organização Mundial da Saúde (BIREME/OPAS/OMS), em coordenação com a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI/MS) e a Representação OPAS/OMS do Brasil, realizou nos dias 18 e 19 de abril de 2024 na sede da Representação da OPAS/OMS, em Brasília, a Oficina de alinhamento do plano de trabalho ao Modelo da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e às prioridades e necessidades de gestão da informação e do conhecimento da SESAI. O evento contou com a participação de cerca de 20 representantes das instituições promotoras e da Fiocruz.

Foto: Karina Zambrana (OPAS/OMS).

Ação global para fortalecer práticas tradicionais de saúde

Dentre as prioridades estabelecidas para o novo plano de trabalho está o aprimoramento da BVS dos Povos Indígenas, o fortalecimento da gestão da informação e conhecimento na SESAI, e a promoção do intercâmbio de experiências e disseminação do conhecimento entre sistemas e serviços de saúde no contexto da cooperação nacional e internacional.

Na abertura do evento, o diretor da BIREME, João Paulo Souza, apresentou a “Ação Global da OMS para Fortalecer as Práticas Tradicionais de Saúde”. Ele destacou a importância de valorizar os conhecimentos indígenas do Brasil, alinhando-os às discussões globais. “Vivemos uma nova fase em busca de integrar os conhecimentos e as medicinas tradicionais e indígenas aos sistemas convencionais de saúde e de produção do conhecimento nessa área. Com isso, estamos buscando garantir que mais pessoas tenham acesso a cuidados culturalmente adequados, e assim, ampliar a capacidade dos sistemas de saúde em atender as necessidades de todos”, enfatizou João Paulo Souza em sua apresentação.

A agenda da Oficina incluiu uma série de atividades para as especificações do plano de trabalho. “Nós seguimos um roteiro para revisar e detalhar todo o escopo do Projeto, incluindo definição de missão, objetivos, resultados esperados, indicadores e linhas de ação”, informou Veronica Abdala, Gerente de Produtos e Serviços de Informação da BIREME. Outras definições acordadas entre os participantes incluíram aspectos técnicos para a construção do portal da BVS dos Povos Indígenas, tais como as fontes e tipos de informação correspondentes às necessidades de informação do público-alvo da BVS. A programação também incluiu a construção de uma rede para a governança da BVS dos Povos Indígenas e a identificação do público-alvo e de suas necessidades de informação. “São fatores essenciais para o sucesso de uma BVS”, explicou Verônica Abdala.

Celebração do Dia Nacional dos Povos Indígenas

Em destaque na programação, uma das atividades foi dedicada a celebrar o Dia Nacional dos Povos Indígenas do Brasil, comemorado em 19 de abril. A alusão à data contou com intervenção de Giovana Mandulão, Coordenadora-geral de Gestão do Conhecimento, da Informação, da Avaliação e do Monitoramento da Saúde Indígena (CGCOIM/SESAI), que na ocasião apresentou-se como mulher indígena Macuxi Wapichana, representante dos povos do território de tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela, Guiana.

Logo no início de sua fala, Giovana Mandulão solicitou a presença de suas parentas presentes na Oficina à frente do microfone e câmera, marcando o momento de ação política com forte emoção e orgulho de pertencimento. “Primeiro, eu queria convidar minhas parentas que estão aqui, mulheres potentes guerreiras, a Hellen Pankararu, a Cleizy Baré e a Raylene Baré, para estarem aqui comigo presente. A gente nunca anda só, então venham comigo, nossas irmãs guerreiras parentas. É um momento muito importante estarmos aqui, é um momento histórico inclusive, muito simbólico, estarmos aqui nesse espaço”, iniciou.

Em seguida, com objetivo de provocar os presentes à reflexão, Giovana Mandulão leu um trecho do “Manifesto Pela Vida dos Povos Indígenas” e então concluiu: “A gente saiu do nosso território para que pudéssemos ser ouvidos por vocês, pelo Estado, e aqui, com muito orgulho, a gente, todas nós, reconhecemos essa trajetória, saímos do nosso território e viemos aqui nos qualificar para discutir com vocês. Que sejam ouvidas as nossas reivindicações, a nossa luta, porque tem um movimento muito maior, tem os nossos povos lá no território. E é por eles que estamos aqui.”

Lançamento do novo portal BVS dos Povos Indígenas

O projeto de cooperação está sendo desenvolvido pela BIREME em coordenação com a SESAI, por meio do Termo de Cooperação número 93, em seu quarto termo aditivo (TA4/TC93). De acordo com o cronograma do projeto, o lançamento do novo Portal da BVS dos Povos Indígenas está previsto para o fim do segundo semestre de 2024.

 

Links de interesse:

BVS temática em desenvolvimento para as populações indígenas – OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde (paho.org)

BIREME apresenta novo portal da Ripsa durante 30ª Oficina de Trabalho Interagencial da Rede de Informação para a Saúde

Desenvolvido para contribuir com a promoção do acesso e uso de informação científica e técnica para formulação de políticas públicas de saúde, o novo portal da Rede Interagencial de Informação para a Saúde (Ripsa) já está disponível online para consulta do público. A reativação do portal é um marco na retomada dos trabalhos da RIPSA, que desde 2022 está sob coordenação do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde, da Secretaria da Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (DEMAS/ SEIDIGI/ MS).

Novo Portal Ripsa

A construção do novo portal da Ripsa foi coordenada pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (BIREME/OPAS/OMS), por meio do termo de cooperação técnica estabelecido com a SEIDIGI/MS, em 2023. Ponto focal do projeto, Juliana Sousa, Supervisora de Soluções Digitais e Tecnologias Emergentes e Gestão de Projetos na BIREME, explica que se trata de “uma ferramenta para a disseminação e visibilidade dos produtos de informação desenvolvidos pela Rede, que foi construído levando em consideração as necessidades dos usuários da Ripsa, e incorporando as melhores práticas em termos de design, usabilidade e funcionalidade”.

O novo portal foi apresentado pela BIREME durante a 30ª Oficina de Trabalho Interagencial (OTI) da Rede, realizada nos dias 04 e 05 de abril de 2024, na sede da Representação da OPAS Brasil, em Brasília-DF. Em apresentação conduzida por Juliana Sousa, os participantes puderam conhecer em detalhes as etapas de desenvolvimento, os avanços realizados desde a última OTI e os próximos passos previstos para a gestão da informação produzida pela Ripsa. Mais de sessenta membros integrantes da Ripsa estiveram presentes, representando 43 instituições, como o CONASS, CONASEMS, ANS, Abep, Abrasco, INCA, IPEA, IBGE, a própria OPAS, dentre outros órgãos públicos e universidades. O diretor da BIREME, João Paulo Souza também esteve presente no evento acompanhando as discussões da Oficina e participando das atividades do Comitê de Gestão de Indicadores de Fatores de Risco e Proteção.

A 30ª OTI também teve objetivo de compartilhar os resultados parciais do diagnóstico situacional da “Base de Indicadores e Dados Básicos” (Base IBD) da Ripsa. A análise da situação está sendo conduzida pelos Comitês de Gestão de Indicadores desde a 29ª OTI, realizada em agosto de 2023, considerando a revisão e atualização de todos os IDBs que constam da matriz de indicadores da Ripsa. Para elaboração dos diagnósticos, cada CGI realizou uma série de procedimentos conforme descrito a seguir.

  • Análise crítica das fichas de qualificação dos indicadores;
  • Avaliação da situação atual em relação a disponibilidade das bases de dados;
  • Avaliação da situação atual das fontes primárias ou secundárias a serem utilizadas no cálculo dos indicadores em relação: a cobertura, a qualidade e a oportunidade do dado; e,
  • Avaliação da pertinência de continuar utilizando o mesmo método de cálculo dos indicadores, a partir das fichas de qualificação de cada indicado.

Os CGI são instâncias de caráter técnico-científico que têm atribuição de aperfeiçoar continuamente a base dos indicadores da Ripsa, organizada em sete subconjuntos temáticos: Demográfico, Socioeconômico, Morbidade, Mortalidade, Cobertura, Recursos Fatores de Risco e Proteção.

Cooperação técnica para gestão da informação

Além da construção de um novo Portal da Ripsa e sua reativação como espaço de disseminação e visibilidade dos produtos desenvolvidos no âmbito da Rede, o projeto de Cooperação técnica estabelecido entre a BIREME e o DEMAS/SEIDIGI/MS contempla mais duas linhas de ação: a gestão da coleção de conteúdos do Portal Ripsa e o desenvolvimento de uma nova plataforma para publicação das Fichas de Qualificação dos Indicadores (FQI) no portal da Ripsa. “As atividades destas linhas de ação estão em desenvolvimento e seguem o cronograma de produtos proposto pela Secretaria Técnica da Ripsa, que prevê encerrar o ano de 2024 com todos os diagnósticos e atualizações finalizadas e disponíveis online”, explicou Juliana Sousa.

O cronograma de operação e lançamento de produtos da Ripsa para 2024 inclui ainda a disponibilização de todas as Fichas de Qualificação dos Indicadores revisadas e atualizadas; e o desenvolvimento e publicação de um Glossário dos termos técnicos comuns e específicos utilizados nas FQI. A próxima oficina da Rede, que será a 31ª OTI, está agendada para os dias 05 e 06 de dezembro de 2024, na sede da Representação da OPAS, em Brasília/DF.

Visite o portal em: https://www.ripsa.org.br/

Fonte: https://boletin.bireme.org/pt/2024/06/05/bireme-apresenta-novo-portal-da-ripsa-durante-30a-oficina-de-trabalho-interagencial-da-rede-de-informacao-para-a-saude/ 

BVS MTCI Américas será modelo para o desenvolvimento da futura Biblioteca Global de Medicina Tradicional da OMS

Entre 19 e 22 de março de 2024, na Índia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reuniu especialistas e técnicos para o planejamento das atividades do seu novo Centro Global de Medicina Tradicional (GTMC, na sigla em inglês). Com lançamento previsto para 2025, uma nova Biblioteca Global especializada no tema será desenvolvida pela BIREME, tendo como ponto de partida a experiência acumulada com a Biblioteca Virtual de Saúde em Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas e a Rede MTCI Américas. Saiba mais na entrevista com o diretor da BIREME, Dr. João Paulo Souza.

A equipe da BIREME chega a Jamnagar para a segunda parte da missão da OMS na Índia em março de 2024.

Recentemente a Organização Mundial da Saúde coordenou duas reuniões para dar seguimento aos trabalhos estabelecidos como prioridade para o Centro Global da OMS em Medicina Tradicional. Realizada em março de 2024, essa missão tinha como objetivo “traduzir a agenda de ação informada por evidências da Declaração de Gujarat em implementação e impacto”. Como participante destes eventos, pode nos dar mais detalhes sobre o contexto do novo Centro e seus projetos prioritários?

A primeira parte da missão aconteceu em Nova Delhi e foi uma reunião de discussão com identificação de linhas gerais de ação, principalmente àquelas relativas ao primeiro ano de trabalho do novo Centro, que está sendo instalado em Jamnagar. Então, nessa primeira etapa, nós estávamos com um grupo grande de peritos e experts da comunidade das medicinas tradicionais e conhecimentos indígenas, ou conhecimentos tradicionais de pessoas indígenas. Tivemos sessões específicas para tratar de grandes temas, como por exemplo: biodiversidade, sustentabilidade e saúde planetária, proteção de direitos sobre propriedade intelectual, codificação da informação para CID-11, e outras.

Naqueles dias, ainda tratando de aspectos estruturais do novo Centro, também trabalhamos com a definição e algumas especificações para o desenvolvimento do que então estava sendo chamado de “repositório global”, ou um “banco de conhecimento” ou biblioteca. Então, discutimos sobre o conteúdo, estratégias para implementação e desafios. Falamos sobre padrões, critérios e metodologias para a inclusão de informação baseada em evidências, e avaliamos requisitos para hospedagem em plataformas digitais. Participaram comigo dessas discussões, Verônica Abdala, gerente de Produtos e Serviços de Informação da BIREME, e Jonas Gonseth-Garcia, assessor de Qualidade em Serviços e Sistemas de saúde e ponto focal em Medicina Tradicional na OPAS/HSS.

 

Como a OMS está trabalhando para reconhecer práticas seguras e efetivas que tenham sido desenvolvidas em paradigma diferente do modelo biomédico, mais convencional na saúde pública?

Eu vou falar aqui da minha percepção de como se está desenvolvendo esse trabalho, mais do que fazer uma fala em nome da organização. Vejo que grande parte do trabalho está relacionada às discussões epistêmicas que conformam e sustentam os diferentes modelos de produção do conhecimento sobre cuidados em saúde. Então, tivemos lá um trabalho grande relacionado a biodiversidade, à propriedade intelectual, buscando entender como assegurar que, por exemplo, os conhecimentos tradicionais das comunidades gerem benefícios para essas comunidades, e não sejam somente ‘extraídos’ dessas comunidades para uso por uma determinada indústria. Existe uma preocupação muito grande em desenvolver garantias para as comunidades que detém o conhecimento tradicional, e que esse conhecimento possa ser também uma via de desenvolvimento econômico dessas comunidades. Outra questão bastante discutida foi a integração, registro, e avaliação do uso das práticas tradicionais aos sistemas nacionais de saúde.

Isso porque uma das ideias que animam a instalação do GTMC da OMS é justamente reconhecer práticas que contribuam positivamente para o processo de produção de saúde, práticas que possam ser, de alguma forma, consideradas efetivas, seguras e culturalmente apropriadas. Uma vez que os sistemas de saúde que operam dentro de um paradigma biomédico euro-ocidental, digamos assim, possuem limites e tampouco resolvem todas as necessidades de cura e de saúde de nossas populações. Vamos lembrar que aproximadamente 80% das pessoas em âmbito global fazem algum uso de recursos naturais para promoverem sua saúde ou aliviarem problemas de saúde, e que uma boa parte, senão a maior parte dos medicamentos alopáticos atuais, tem origem em recursos naturais. A ideia desse novo Centro especializado da OMS é contribuir para a identificação de um caminho que permita a maior integração de práticas tradicionais de saúde nos sistemas de saúde, principalmente aquelas que sejam seguras e efetivas e ao mesmo tempo culturalmente relevantes e apropriadas.

Equipes da OMS e da OPAS trabalhando em Jamnagar, na Índia, em 22 de março de 2024.

Como os diferentes modelos de produção do conhecimento influenciam a integração dos saberes tradicionais e indígenas às evidências científicas?  

Essa foi uma boa parte da discussão que tivemos lá, inclusive remonta aos modelos epistemológicos, porque a abordagem epistêmica que a gente usa na ciência dita ‘ocidental’, ela é muito derivada de ideias que se desenvolveram no XVIII, principalmente o empirismo, o racionalismo e o ceticismo. O modelo epistêmico que sustenta a medicina baseada em evidência, por exemplo, é em grande parte derivado dessas correntes, em especial o empirismo. Mas esse modelo empírico tem algumas limitações que precisam ser consideradas, principalmente a dificuldade de lidar com a complexidade da “vida real”, a heterogeneidade das pessoas, contextos, intervenções e mesmo das avaliações, e a dificuldade de eliminar os efeitos residuais de confundimento. São limitações que muitas vezes dificultam a implementação do conhecimento científico-empírico em situações complexas da vida real.

Outro ponto a considerar é que muitas vezes as intervenções tradicionais são super individualizadas, ou então são super contextualizadas. Ou seja, há muitas vezes dificuldade em se realizar grandes avaliações padronizadas e descontextualizadas, incompatibilizando muitas vezes o modelo empírico convencional nessas situações. Então uma parte da discussão é como gerar esse tipo de evidência que seja válida, metodologicamente falando. Dentro do próprio paradigma científico euro-ocidental tem surgido inovações, como a ciência da complexidade e a avaliação de intervenções complexas, mas existem modelos epistêmicos emergentes, originados no Sul Global, que precisam ser considerados. Mais do que isso, temos abordagens epistêmicas integrativas, como os encontros de saberes desenvolvidos pelo Prof. José Jorge de Carvalho, por exemplo, que buscam possibilitar um diálogo entre essas ciências tradicionais e aquilo que seriam as ciências euro-ocidentais.

Outra preocupação muito grande que repercutiu nas discussões que aconteceram na Índia tinha a ver com estratégias para evitar um neocolonialismo do conhecimento. Como podemos assegurar que, mesmo bem-intencionados, não venhamos inadvertidamente favorecer uma abordagem extrativista e colonial. Para citar um exemplo, houve uma discussão muito interessante que aconteceu sobre “Ciência Aberta”. Aqui na BIREME, a gente promove e fala o tempo todo de ciência aberta, porque de certa forma é um modelo que facilita a transparência do processo de formação do conhecimento e a democratização do acesso a esse conhecimento. Mas analisada por outro ângulo, uma abordagem aberta e transparente em relação ao conhecimento tradicional nem sempre pode estar no melhor interesse das comunidades que detém o conhecimento tradicional.

Imagine-se uma situação em que a publicação de uma determinada “garrafada” ou de uma determinada combinação de ervas possa permitir a identificação de um novo recurso terapêutico passível de ser industrializado. Sem o cuidado necessário, esse conhecimento pode ser desenvolvido e patenteado pela indústria e retornar devidamente “embalado” para essas mesmas comunidades. Exemplos desse modelo de interação colonial entre comunidades originárias, conhecimentos tradicionais e o complexo econômico-industrial da saúde são inúmeros. Como garantir que as comunidades originárias que vêm guardando esse conhecimento e mantendo a biodiversidade necessária para desenvolver esse recurso terapêutico possam se beneficiar do uso desse conhecimento?  Então foi interessante ver limites até mesmo para a “ciência aberta”. Desenvolver uma proposta de ciência aberta com salvaguardas para as comunidades parece ser ao mesmo tempo um desafio, mas algo bastante importante.

Visita às obras onde será instalado o novo GTMC da OMS, em Jamnagar, Índia (março de 2024).

Quais foram as principais definições para esse projeto da OMS que visa sistematizar todo esse conhecimento em uma Biblioteca Global de Medicinas Tradicionais?

De uma forma assim estruturante para toda essa discussão está a biblioteca. E essa foi a razão principal da gente ter ido lá, para apoiar o desenvolvimento dessa plataforma que vai organizar toda a base de evidências que o GTMC/WHO vai sistematizar. Na primeira parte da missão, coordenamos grupos focais com os especialistas para discutir o projeto da biblioteca, que são potenciais usuários, definindo visão, necessidades de usuários, e outras especificações de alto nível.

Então, a BIREME foi comissionada a desenvolver uma Biblioteca Global de Medicina Tradicional, que tem um âmbito global e será constituída de seis portais regionais, um para cada região da OMS, além de perfis de países e bibliotecas nacionais. Nós já temos um portal que é o das Américas, a BVS MTCI Américas, que já está 95% pronto, vamos dizer assim, para esse modelo que a gente quer desenvolver globalmente. Então faremos ainda uma pequena adaptação para que esse modelo chegue no que a gente quer.

A BVS MTCI Américas vai ser o modelo das bibliotecas regionais, então teremos uma Biblioteca Global de Medicina Tradicional, e seis instâncias regionais: a BVS MTCI Américas, que não mudará de nome; e mais a Biblioteca Africana de Medicinas Tradicionais, a Biblioteca Europeia de Medicinas Tradicionais, Biblioteca do Oriente Médio de Medicinas Tradicionais, Biblioteca do Sudeste Asiático de Medicinas Tradicionais, e Biblioteca do Pacífico de Medicinas Tradicionais. Os nomes são todos provisórios ainda. Além disso, vamos desenvolver também algumas instâncias de bibliotecas nacionais, para que possam servir de modelo. Estamos pactuando o desenvolvimento de modelos de bibliotecas nacionais para os ministérios da saúde dos países, em colaboração com os escritórios locais da OPAS no nosso caso e da OMS globalmente.

E o nosso cronograma é o seguinte: de abril até outubro de 2024, vamos desenvolver e apresentar um produto mínimo viável da Biblioteca Global; e de outubro de 2024 até março 2025 devemos ter a versão beta disponível para uso, mas ainda em desenvolvimento. Tudo isso para ter a entrega final já testada, revisada e pronta na próxima Cúpula Global da OMS, que está agendada para o segundo semestre de 2025.

João Paulo Souza, diretor da BIREME, e Verônica Abdala, gerente de Produtos e Serviços de Informação da BIREME, em visita ao Hospital ITRA – Instituto de Ensino e Pesquisa em Ayurveda, em Jamnagar, Índia (março de 2024).

O que significa para a BIREME ter mais um projeto global em seu portfólio, especialmente, uma Biblioteca Global que facilitará o acesso de todos os povos aos conhecimentos e medicinas indígenas e tradicionais?

Para a BIREME, e acho que até para a OPAS, é uma distinção a gente ter a missão de desenvolver essa biblioteca global. É um reconhecimento da expertise de décadas de um trabalho para construção de bibliotecas digitais. E particularmente nas medicinas tradicionais, é um reconhecimento do esforço da BIREME e da OPAS em estruturar uma rede, uma biblioteca de MTCI que agora está servindo de modelo para o restante do mundo. Acho que isso é motivo de orgulho porque a gente vai desenvolver as bibliotecas tanto a Global quanto as das outras regiões em cima da experiência das Américas. É uma importância institucional.

É também uma satisfação poder apoiar a instalação de mais um Centro da OMS que integrará essa pequena família de Centros Especializados. Além dos Centros Pan-Americanos, que são centros de excelência técnica em suas áreas de atuação, temos o Centro de Desenvolvimento Humano da OMS em Kobe no Japão, esse novo Centro na Índia, o próprio IARC na França, além de outras iniciativas que podem se reforçar e complementar mutuamente na estrutura regional e global.

Por fim, não dá para a gente esquecer que o que discutimos aqui são avanços na direção do sonho coletivo da “saúde para todos”.

Fonte: https://boletin.bireme.org/pt/2024/04/30/bvs-mtci-americas-sera-modelo-para-o-desenvolvimento-da-futura-biblioteca-global-de-medicina-tradicional-da-organizacao-mundial-da-saude/

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COVID-19 e Infodemia: perspectivas da Organização Pan-Americana da Saúde

Convidamos os colegas das Redes de Referencistas, Indexadores e demais redes que atuam em colaboração com a BIREME, para a palestra sobre: COVID-19 e Infodemia: perspectivas da Organização Pan-Americana da Saúde

📅 Agenda:

* Desenvolvimento conceitual de Anti-Infodemic Virtual Center for the Americas (AIVCA)
Panelistas: Eliane Pereira dos Santos y Marcelo D’Agostino

* Produção de conhecimento e a Revista Panamericana de la Salud Pública
Panelista: Damián Vazquez

Dia 05 de Octubre, a las 12:00 (hora de Brasília, GMT -3) Ver hora no seu país

La sesión online será en la plataforma Teams en español

📝 haga su inscripción: https://tinyurl.com/m8r45cvy